quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Precisa ter motivo?

Nunca sei como começar um texto... nunca sei ao certo o que estou sentindo... nunca sei onde vão dar meus pensamentos... onde desejo chegar com eles... se é que quero alguma coisa, senão somente me sentir viva, escrevendo... tentar dar forma, corpo, ou talvez alma, às minhas emoções, conflitos, rejeições, dores, amores... tentativa de compreender o que sou, ou o que somos, sem estar atrelada a religião, ou até mesmo ao deus... isso me torna, muitas vezes, uma pessoa confusa... mas gosto dessas confusões... elas não me fazem mal... gosto de pensar... mesmo com as tristezas, que muitas vezes, me causam alguns pensamentos, acredito que consigo tirar proveito deles... não sei se para crescimento pessoal, intelectual e blá blá blá... mas pelo simples fato de existir e pensar... e por fim, escrever...
Alguém vai ler?! Não tenho certeza disso... mas sempre escrevi para mim mesma... antes, em pedaços de papéis... qualquer papel... folha avulsa, jogada por aí... sentia uma necessidade gigantesca em escrever, mesmo sem saber fazer isso direito... sem nenhum tipo de técnica... mas me fazia muito bem... ninguém lia, somente eu... ninguém se interessava ou se interessa pelos sentimentos alheios... exceto de for de alguém muito ‘famoso’... ‘celebridade’... acho estranho a gente dar mais atenção às coisas/pessoas que estão tão distantes de nós e nos esquecer ‘das gentes’ que estão do nosso lado, precisando de uma forcinha... um beijinho... um carinho... mesmo em silêncio, somente com a presença... quantas vezes já fiz isso com uma amiga?! Só de estar perto, sem usar nenhuma palavra...
As palavras não nos são sempre necessárias... a filosofia, a engenharia, os livros, nada disso, de fato, nos são necessários à vida... mas a vida não teria graça, magia, desejo, forma, medos, sem essas pitadas de fantasia do mundo real... Já diria o poeta brasileiro Ferreira Gullar “A arte existe porque a vida não basta”... e eu fico sempre na tentativa de mesclar a minha, ao pensamento livre, mesmo que confuso, mas que me permita a reflexão e que me traga bons papos, bons filmes, bons amigos, bons livros e, pelo menos, mesmo que não tão bons assim, inspiração para escrever alguns poucos textos... São essas fantasias do mundo real que alimentam a minha alma... e isso serve para quê?!

MAG...