sábado, 28 de janeiro de 2012

O que eu via/vejo

Há alguns anos atrás eu era muito depressiva e não compreendia, ou não acreditava na capacidade humana em fazer maldades. No período na guerra dos E.U.A. contra o Iraque eu não acreditei no que acontecendo. Nas mortes que ocorreriam, nas famílias destruídas por causa de alguns tantos barris de petróleo, camuflado de 'luta contra o terrorismo'. Eu era menina ainda nessa época, não em idade, mas em mentalidade... Se não me falha a memória isso ocorreu em 2003.
Dois mais tarde, ainda um bocado depressiva e em dessas crises que veem sabe zeus de onde escrevi um verso pensando ser poema... e hoje me deparo com os acontecimentos aqui de São Paulo, pobres sendo retirados à força, debaixo de pancada e, pra mim, não diferencia muito das grandes guerras existentes por aí. Óbvio que entendo o contexto do nosso país, mas vida évida em qualquer lugar. E morte também... por isso revolvi postar o tal verso que fala muito sobre mim, de dentro pra fora, e também o que ocorre de fora pra dentro. De que forma eu recebo as informações todas... bora ao texto:




CONTRADIÇÕES

A solidão sufoca-me
Prende- me em um beco escuro, sujo e frio
Sinto bater em meu peito o descompasso da vida...
ou da morte
Falta- me o ânimo...
Deixa- me o prazer...
O sorriso se esconde atrás de um olhar vazio e sombrio
E sua intensão é continuar lá, parado
Olhando para esse mundo desgraçado e cruel
Que trata seus semelhamntes com tanta indiferença
Que faz- me prender- me dentro de mim
Dentro de meu mundo
Onde sou infeliz, mas feliz!
(2005)



MAG...

P.S.: Não acho esse texto extraordinário não, ainda mais pensando na minha mentalidade e habilitadade com a escritana época... mas gosto de me lembrar de como eu era... resgatar, talvez, a menina estranha que eu fui...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012



Hoje é aniversário de uma das pessoas que mais amo no mundo!!! Nossa relação nos últimos anos foi bem conturbada... cheia de altos e baixos, mas que ultimamente tá bem bacana... Amo muito você, maninho...

MAG...

E foi assim...

As coisas na minha vida nunca vieram de forma fácil. Andar de bicicleta... tentaram me ensinar, me deram as coordenadas, mas foi tudo em vão. Guardei tudo o que me foi dito e num domingo a tarde, perdi o medo e, simplesmente, andei. Começar a cantar sem desafinar foi um pouco mais complicado... exigia de mim uma habilidade que eu não tinha. Não era motora. Eu não sabia nem entendia como executá-la. Sofri muito. Convivia com músicos natos. Minha mãe falava de meu avô tocando flauta transversal em bailes da juventude (eu não o conheci). Minha mãe tocava violão, acordeon, cantava, regia um grupo de senhoras da igreja. Meu irmão mais novo... compositor mirim, um prodígio, baterista, aprendeu a fazer a tal da segunda voz, sozinho. Mas me esforcei e aprendi. Sei quando desfino. E até faço um contralto de vez enquando!!! Passar numa universidade pública. Definitivamente, não consegui... fiz privada mesmo. Não por falta de esforço, ou capacidade. Estudei feito louca e não passei.
Pois bem, agora com quase 30 anos, não é que, sem pretensão nenhuma, passei numa Universidade Pública. Fiquei feliz?! Num primeiro momento não. Logo eu que, anos atrás, perseguira tal sonho. Mas minha cabeça hoje é outra. Meus sonhos (pequenos agora) são outros. Meus passos um pouco mais curtos e firmes ( a idade nos traz um pouco de 'pé no chão' ). Mas ainda assim, pesando tudo isso, resolvi voar!!! Como bem disse um amigo : 'voe voe borboletinha', resolvi voar. Um outro me disse: 'Não disperdice as oportunidades', pois bem, não estou disperdiçando. Um terceiro amigo me perguntou: 'Você está feliz?!' Essa foi a resposta mais difícil de dar. Eu não soube responder e ainda não sei... porém, resolvi encarar o desafio e, quem sabe, em João Pesoa, PB, eu consiga essa tal felicidade... aqui, com meus amigos e família, consegui um bocado de coisa boa... de sentimentos puros... me descobri como pessoa, foi a formação do meu caráter... toda a minha construção social e individual se deu aqui... agora é tempo de voar!!! Fico mais esse semestre por aqui... mas meus dias estão contados!!! Boa sorte pra mim e muita saudade de todos, sempre...

MAG...

P.S.: Não consegui falar da Fê ainda... ainda me dói lembrar de como foi contar pra ela...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Em aberto...

Nesses últimos dias revi muitos dos meus conceitos, das minhas certezas - se é que eu tenha tido algum dia alguma certeza - revi sentimentos, descobri sabores, me faltou amores. Senti saudades diversas - de pessoas, coisas e cheiros. Busquei amigos em sonhos para acalantar essa saudade. Mergulhei no mar, respirei o ar sentindo-o entrar pelas narinas e chegar aos pulmões. Caminhei ao sol com os pés na areia. Confessei segredos, senti alguns medos... Abracei pessoas que até então conhecia de ouvir falar... Peguei- me chorando ao abraçar uma velha tia.. Encontrei pessoas de sorrisos frouxos, fáceis e sensíveis... sorrisos de graça... sem pedir nada em troca... só sorrisos... ganhei abraços infantis... com cheirinho de caixinha de chocolate... Foram dias incríveis, mas é bom ter pra onde voltar... não só o espaço físico, mas voltar pra pessoas... família, amigos... alguns poucos, pois outros já se foram pimeiro que eu... estão espalhados, mas estamos sempre juntos... Não tenho como botar uma conclusão nesse texto... não acho que cabe ponto final nele... quero continuação... quero poesia... quero sorrisos... quero sentir o coração bater acelerado, vez ou outra calmo... quero sentir sede... quero vida...

MAG...