sexta-feira, 29 de março de 2013

"Claro, poderíamos fazer tudo por amor. Mas... ah! o amor! Melhor não sobrecarregá- lo, né? Melhor deixá- lo florescer ao seu modo. Onde e quando menos se espera. Frágil e imortal. " (GESSINGER, 2013, p. 130)

Eis que esta semana recebi uma notícia bem triste: uma amiga dos meus pais faleceu. Foi encontrada morta em seu apartamento por vizinhos... é tudo que sei. Mas o que esse acontecimento tem a ver com a frase acima?! Pois bem, agora começa a história... o amor! Seu marido morreu há cerca de dois anos... e ela o espera para buscá- la. Foi isso que ouvi dela certa vez em minha casa... é estranho esse negócio de amor, né?! Amar até que a morte os (nos) separe... ou ir além dela... morrer também pra se achegar ao amor imortal... mas esse tal amor imortal me deixa encucada...
Vejo o amor incondicional dos meus pais, fico só admirando os dois... acho lindo andarem de mãos dadas, mesmo depois de mais de trinta anos de casamento... beijinho quando acordam, antes de ir trabalhar, quando chega do trabalho... declarações a qualquer hora do dia!! Tudo lindo... Mesmo sendo tão diferentes um do outro, extremamente diferentes... mas o amor deles ultrapassa qualquer uma delas... admiro e amo muito esse casal!! Tenho um pouco de medo desse tal amor ... ele me deixa encafifada!! !!
To só divagando um pouco nos meus pensamentos... acho algumas coisas estranhas... pois, a grande maioria dos amores que vejo, são os amores plastificados... amores contratuais... casamentos de faixada... talvez seja o medo de ficar só, que muita gente se submete a um relacionamento fracassado... mas poderia tentar de novo e quantas vezes forem necessárias... ou ainda, os amores que matam... dizem que é tão grande que não dá pra se livrar... então, em nome desse tal amor, matam, pra não vê- lo com um outro amor... essas duas possibilidades de amor me dão medo...
Não me encaixo em nenhum desses amores... talvez não tenha descoberto nenhum deles ainda... não me preocupo com essas definições ou sentimentos... mas quando acontece um caso desses, principalmente o de morte, me faz pensar nos sentimentos das pessoas (inclusive o meu, como é que me coloco em relação a eles)... em como se dá tal construção!! E o que ela causa em nossas vidas... quais transformações... o que leva um ser a matar por amor... ou morrer em nome dele?! Talvez eu nunca entenda ou descubra... por isso, vou aderir a sugestão gessingeriana... vou deixa- lo lá por enquanto, intocado...
 
 

MAG...

sexta-feira, 15 de março de 2013

 NO ESCURO...
 
" meu escuro por muito tempo foi estar literalmente em um quarto de porta e janela trancadas, sem nenhum foco de luz que encontrasse a escuridão... foi me deitar no chão frio com uma música depressiva que fazia com que eu me encontrasse, me sentisse, sabendo que estava, de fato, e com toda certeza, viva... algumas dessas vezes, me achei também morta... nunca soube ao certo que tipo de morte seria essa... acabei por abrir uma fresta de luz... só pra respirar um pouco... hj eu tenho medo do escuro, pois ele me sufoca as vezes... ou tenho medo de mim? do sentimento que ele vai me trazer de volta... mas, até que não seria de todo mal voltar a sentir a vida daquela forma... ou seria fôrma?! acho que meu molde mudou... se alargou... me ajeitei de outro jeito...

mas outras, o breu total me supreende... com um beijo, por exemplo... mesmo se o escuro for somente o fechar dos olhos, for somente o calor do tocar dos lábios, esse escuro pode não passar de um eterno instante pra matar a saudade dos apaixonados... ou ainda, um abraço intesno entre amigos que não se veem há algum tempo... talvez isso pode levar a um pensamento justamente contrário ao meu, um por exemplo 'faz- se a luz'... a vida começou a pulsar novamente, meu amigo voltou!!! não no meu caso, lembra que eu disse que sentia a vida pulsar na escuridão?! pois é... é quando eu me encontro mais...

talvez seja por isso que eu tema com todas as minhas forças... o escuro é inevitável... o escuro me deixa interrogações... nesse caso, era pra eu me afeiçoar a ele, uma vez que gosto de perguntas... mas ainda não me atrai... 'eu tenho do escuro, eu tenho medo do inseguro, dosfantasmas da minha voz (Vanessa da Mata) ... no escuro nunca se sabe o que se vai encontrar e se terá algo/alguém em que se agarrar... no escuro, pode -se tropeçar, cair, se 'estabacar' como fruta madura quando cai da árvore... e nem se saber ao certo aonde está... "

MAG...

P.S.: No escuro eu vejo melhor, mas tenho medo do que posso enxergar...