"Claro, poderíamos fazer tudo por amor. Mas... ah! o amor! Melhor não sobrecarregá- lo, né? Melhor deixá- lo florescer ao seu modo. Onde e quando menos se espera. Frágil e imortal. " (GESSINGER, 2013, p. 130)
Eis que esta semana recebi uma notícia bem triste: uma amiga dos meus pais faleceu. Foi encontrada morta em seu apartamento por vizinhos... é tudo que sei. Mas o que esse acontecimento tem a ver com a frase acima?! Pois bem, agora começa a história... o amor! Seu marido morreu há cerca de dois anos... e ela o espera para buscá- la. Foi isso que ouvi dela certa vez em minha casa... é estranho esse negócio de amor, né?! Amar até que a morte os (nos) separe... ou ir além dela... morrer também pra se achegar ao amor imortal... mas esse tal amor imortal me deixa encucada...
Vejo o amor incondicional dos meus pais, fico só admirando os dois... acho lindo andarem de mãos dadas, mesmo depois de mais de trinta anos de casamento... beijinho quando acordam, antes de ir trabalhar, quando chega do trabalho... declarações a qualquer hora do dia!! Tudo lindo... Mesmo sendo tão diferentes um do outro, extremamente diferentes... mas o amor deles ultrapassa qualquer uma delas... admiro e amo muito esse casal!! Tenho um pouco de medo desse tal amor ... ele me deixa encafifada!! !!
To só divagando um pouco nos meus pensamentos... acho algumas coisas estranhas... pois, a grande maioria dos amores que vejo, são os amores plastificados... amores contratuais... casamentos de faixada... talvez seja o medo de ficar só, que muita gente se submete a um relacionamento fracassado... mas poderia tentar de novo e quantas vezes forem necessárias... ou ainda, os amores que matam... dizem que é tão grande que não dá pra se livrar... então, em nome desse tal amor, matam, pra não vê- lo com um outro amor... essas duas possibilidades de amor me dão medo...
Não me encaixo em nenhum desses amores... talvez não tenha descoberto nenhum deles ainda... não me preocupo com essas definições ou sentimentos... mas quando acontece um caso desses, principalmente o de morte, me faz pensar nos sentimentos das pessoas (inclusive o meu, como é que me coloco em relação a eles)... em como se dá tal construção!! E o que ela causa em nossas vidas... quais transformações... o que leva um ser a matar por amor... ou morrer em nome dele?! Talvez eu nunca entenda ou descubra... por isso, vou aderir a sugestão gessingeriana... vou deixa- lo lá por enquanto, intocado...
MAG...