Não consigo me lembrar o que eu queria ser quando eu era criança!!! Professora talvez, influência da minha mãe... mas não se pode querer ser apenas uma coisa só, ainda mais sendo uma criança... Na oitava série lembro-me de ter falado a uma colega que queria ser caminhoneira... não sei porque disse isso, nunca me interessei por carros, isso até hoje... No ensino médio me veio uma curiosidade, sabe zeus porque, pelo vegetais... rsrsr... queria ser nutricionista... talvez me imaginasse com um jaleco branco, atendendo em uma clínica limpinha, branquinha,cheirozinha... ou então, a mais insensata loucura, trabalhar como nutricionista do Corinthians... até que fui pesquisar sobre a cenoura e percebi o quanto seria instigante trabalhar nessa profissão.. também não era pra mim.
Cursinho a vista!!! E agora? Agora era hora de escolher. Eu tinha menos de 9 meses pra decidir o que faria pelo resto da vida. Sempre achei esse termo um tanto quanto esdrúxulo. Pois o que me impediria de mudar de profissão se eu errasse na escolha? Pois bem, fui pesquisar sobre várias áres e fiquei entre Serviço Social, pensando no alimento do corpo, nos direitos da criança; depois Pedagogia, que de certa forma englobava a anterior acrescetando outras questões mais voltadas a educação intelectual; e por fim, e de certa forma, pensando em pessoas, queria fazer Museologia. A partir daí passou a ser meu sonho. Trabalhar em museos, viajar, organizar eventos culturais... adquiirir conhecimento que acabara não tendo acesso na infância e an adolescêcia e poder transmiti-lo mais tarde a uqem também não tivesse tido... isso pra mim parecia a melhor profissão do mundo...
Não entrei na faculdade. Não queria mais sair de casa. O que fazer? Pensei em uma profissão próxima a ela, o queria seria? A danada da História. Relutei por um bom tempo, afinal, reprovei por três vezes no vestibular por causa desta, muito embora tivesse sido a minha matéria preferida. Cursei História. Virei professora. Gosto das duas coisas, da mentalidade de um historiador, da forma com que o mesmo se relaciona com sua atividade de pesquisador e mesmo de educador. Porém, na prática como educadora as dificuldades são maiores do que as descritas nos livros todos.
Mesmo contando essa historinha toda... não sei como vim parar aqui. O que me fez escolher uma coisa e recusar outra, me interessar e me desisteressar pelas coisas?! O que faz a gente gostar de história e detestar matemática?! Gostar de preto e não de verde?! Preferir um homem alto e forte, a um pançudinho?! Eu prefiro o pançudinho, só pra constar... rsrrs... O que determina nossas escolhas?! Minha vivência acadêmica me dizia que a sociedade na qual cada indivíduo está inserido é determinante nas suas escolhas... eu até concordo com isso, óbvio que isso tem grande influência... Mas eu não consigo acreditar nisso como uma verdade absoluta. Mas também não sei como evoluir esse pensamento...
Santo Agostinho, em algum momento, disse que o homem era instintivamente mal, individualista, egoista. No entanto, o que prevalece na sociedade é que o homem é bom, principalmente por causas das religiões, a mentalidade propagada por ela, não que ela faça o homem ser bom... Marx levantou a questão da exploração do homem pelo homem... mas o homem não é bom, como pode esse ser bom explorar outro?! Talvez a noção de instinto explique isso? A sobrevivência no meio. No caso do santo, a criança tá com fome e pronto acabou, quer ser saciada naquele momento. E o adulto? Esse pode esperar, mas ele quer esperar?! Como passamos a desejar algo? Como passamos a questionar algo? A defender? A odiar? A amar? Enfim... onde começa e termina, se é que isso acontece, o homem natural e o homem social?!
MAG...
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