terça-feira, 29 de abril de 2014

Canção e Solidão

Algumas canções ouço de olhos fechados. Mesmo se eu estiver em um show, mesmo que rodeada de gente, em meio a multidões, ou sozinha no escuro do meu quarto. A canção pode não me remeter, necessariamente, a alguém, ou alguma situação específica, só gosto de ouvir quieta e comigo. Gosto da sensação que elas me causam. Do arrepio do corpo, que como diria um velho amigo, é o orgasmo da alma. Algumas sempre ouvi estando só, então me pertencem na solidão, não abro mão dela também. São momentos meus, de agonia, as vezes. Solidão e canção, juntas sempre. Canção e solidão, só as vezes.
Mas também posso dividir esse momento com as pessoas. Tanto a solidão quanto a canção. Com uma troca de sorrisos, uma lágrima caída e percebida e, consequentemente, um abraço apertado, daqueles de estalar meus ossinhos magricelos. Divido esse momento com amigos virtuais, quando posto nas redes sociais as letras das canções, sem o som, só a poesia, queria que sentissem as tais sensações também. Ou as canções inteiras. Mas ainda assim a maioria não capta. São sensações que eu queria conseguir descrever, mas que as palavras não as definem.

As vezes tento definir os sentimentos, ossos do ofício. Sei que tem explicações racionais, biológicas e muito blá blá blá que os rodeiam, no entanto fico, de fato, com as minhas, pois quem as sentem sou eu. Tem hora que teorizar fica chato. Tem que ter de explicar dá preguiça. Tem momento que só quero mesmo ouvir a beleza da canção, do som dos acordes se formando, do solo cheio de técnica, que nem imagino o trabalho que deu ao profissional desenvolver. A mim chega como um toque na alma, formando um arrepio e isso somente, me satisfaz!!
 
 
 
MAG...

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